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Gabinete de Crise em Caxias do Sul atuou preventivamente e vistoriou pontos críticos e área de deslizamento na Serra

Apesar do alerta, índices pluviométricos previstos não foram alcançados e número de ocorrências foi reduzido

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Vistoria de áreas críticas pela Defesa Civil em Caxias do Sul
Equipes da Defesa Civil realizaram, neste domingo (29), o levantamento dos danos na região da Serra - Foto: Luís André/Secom

O Gabinete Regionalizado de Crise em Caxias do Sul, instalado pelo governo do Estado, se mantém mobilizado desde a noite de sexta-feira (27/6), diante da previsão de altos volumes de chuva na Serra. Apesar do alerta, os índices pluviométricos previstos não foram alcançados e o número de ocorrências foi reduzido. Até o momento, não houve registro de vítimas.

Por volta das 19h de sábado (28/6), o Gabinete de Crise recebeu informações sobre pequenos deslizamentos de terra e quedas de pedras em rodovias. Com o aumento das chuvas, foram registrados a queda de um muro em Bento Gonçalves e um deslizamento de grande volume na Vila Cristina, distrito de Caxias do Sul, que obstruiu parte da via.

Diante dessas situações, as forças de resposta determinaram preventivamente o bloqueio de rodovias em áreas consideradas de risco. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou trechos da BR-116, em São Marcos (km 126, onde houve queda de barreira), além da via municipal na Vila Cristina e trecho na localidade de Salto Ventoso, em Farroupilha.

Na manhã deste domingo (29/6), a Defesa Civil, com apoio de geógrafos e do 12º Batalhão de Polícia Militar, vistoriou pontos críticos e a área do deslizamento em Vila Cristina. No local, duas residências e uma borracharia foram interditadas. Parte da família afetada foi acolhida na casa de parentes, enquanto um homem optou por permanecer no imóvel, apesar da recomendação de evacuação feita pela Defesa Civil, por receio de furtos. O acesso à comunidade, onde estão situadas sete residências, também ficou restrito.

Vistoria de áreas críticas em Caxias do Sul
Defesa Civil, com apoio de geógrafos e da Polícia Militar, vistoriou pontos críticos em rodovias na Serra - Foto: Luís André/Secom

“Estamos realizando o levantamento completo dos danos e, ao mesmo tempo, iniciando a fase de recuperação e restabelecimento. As secretarias de obras municipais estão empenhadas na recuperação das estradas. Até o momento, os poucos danos são exclusivamente materiais”, informou o coordenador regional do Gabinete de Crise de Caxias do Sul, major Marcelo Almeida de Souza.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), não houve necessidade de acolhimento de famílias em abrigos nos municípios da região até o momento.

Rio das Antas em elevação

O major Souza destacou que os rios da região seguem com níveis elevados, exigindo cautela da população. “É fundamental que as pessoas sigam as recomendações de segurança e evitem atravessar cursos d’água, pois as condições de pontes e bueiros submersos são desconhecidas. A orientação é evitar o tráfego em pontos críticos até que a situação seja avaliada tecnicamente para total liberação das vias”, afirmou.

O Rio das Antas segue em elevação e está sendo monitorado de forma contínua. A ponte que liga Bento Gonçalves a Cotiporã permanece interditada após ficar submersa.

Conforme a Defesa Civil, o prognóstico para os próximos dias é de que não haja pontos de risco hidrológico e geológico na região, uma vez que não há previsão de novas chuvas. O Gabinete Regionalizado de Crise de Caxias do Sul seguirá instalado e mobilizado até nova avaliação do governo do Estado, prevista para ocorrer em reunião na segunda-feira (30/6), às 9h.

Estado mobilizou equipes preventivamente em diversas regiões

A atuação coordenada na Serra é parte da estratégia do governo do Estado para garantir a segurança da população em cenários de risco hidrometeorológico. Além do Gabinete de Crise em Caxias do Sul, o governo do Estado criou outros quatro postos regionalizados: em Lajeado, TorresSanta Cruz do Sul e São Sebastião do Caí, coordenados pelo Gabinete Estratégico de Crise, instituído na sede da Defesa Civil estadual, em Porto Alegre.

Texto: Bernardo Abbad da Rocha/Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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