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Defesa Civil integra Comitê de Avaliação e Monitoramento dos Eventos de Saúde Pública

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Gestores públicos debatem sarampo e febre amarela no Rio Grande do Sul
Gestores públicos debatem sarampo e febre amarela no Rio Grande do Sul - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES
Por Secretaria da Saúde RS
Campanha de vacinação
Campanha de vacinação - Foto: Secretaria da Saúde/RS

O aumento da circulação do sarampo em território nacional e no Rio Grande do Sul, assim como uma possível chegada do vírus da febre amarela em solo gaúcho foram os assuntos levados a debate na segunda reunião do Comitê de Avaliação e Monitoramento dos Eventos de Saúde Pública, nesta quarta-feira (20), na Secretaria da Saúde.

A especialista em saúde do Núcleo de Doenças Transmissíveis do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Juliana Dourado Patzer, informou que, no Brasil, foram confirmados 5.660 casos de sarampo apenas nos últimos 90 dias. Os jovens de 20 a 29 anos são os que mais contraíram a doença, somando cerca de 30% das confirmações - faixa etária atingida pela segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença, que iniciou nesta semana e segue até o fim do mês de novembro. “É um público que mais dificilmente vai ao posto de saúde para receber uma dose, por conta de horário de trabalho e estudos”, exemplificou Juliana.

A representante do Comitê da Secretaria da Educação, Carem Fortunato, comentou que a partir de 2020, será exigida a caderneta de vacinação das crianças no momento da matrícula na rede de ensino estadual. “Esta é uma ótima notícia. É um exemplo de ações conjuntas entre secretarias para entregar resultados concretos à população”, elogiou a secretária Arita Bergmann.

 No Rio Grande do Sul, foram confirmados 32 casos de sarampo até o dia 13 de novembro. Os casos são das cidades de Alvorada (1), Porto Alegre (12), Dois Irmãos (1), Cachoeirinha (10), Gravataí (4), Ijuí (2) e Canoas (2).

Em relação à febre amarela, o biólogo Marco Antônio de Almeida e a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri, apresentaram o trabalho de vigilância que está sendo reforçado na divisa com Santa Catarina. “Não temos a ocorrência da circulação do vírus da febre amarela no Rio Grande do Sul desde 2009, mas vem sendo registrado casos no Brasil desde o Tocantins. O vírus está descendo e já está em circulação em Santa Catarina”, explica Marco Antônio. “Este é o maior surto do tipo silvestre da doença na história do Brasil”, completa.

 Equipes do Cevs estão visitando residências nas áreas rurais, próximas à divisa com Santa Catarina na possível rota de chegada do vírus no Estado, pela Serra ou pelo Litoral. Já foram realizadas 10 expedições em 17 municípios, alcançando 490 casas e cerca de 1,3 mil pessoas. Estão programadas ainda mais duas expedições.

A presença do vírus nestas regiões pode ser vigiada por meio do registro de morte de primatas. “As pessoas estão sendo instruídas a notificar se houver macacos mortos. A população de risco que ainda não recebeu a vacina está recebendo uma dose, e também estão sendo instruídas em relação à doença. Assim estamos formando um cinturão de vigilância”, disse o biólogo. Um material com informações sobre a febre amarela foi lançado pela Secretaria da Saúde e pode ser acessado no link abaixo.

Comitê

O Comitê de Avaliação e Monitoramento dos Eventos de Saúde Pública foi instituído oficialmente em setembro deste ano. Sua atuação busca facilitar a tomada de ações de monitoramento e resposta em situações que podem constituir potencial ameaça, como surtos e epidemias, doenças de causa desconhecida, alteração no padrão de doenças conhecidas, levando em conta a disseminação, gravidade e vulnerabilidade desses agravos. Na reunião desta quarta-feira, além de técnicos do Cevs, estiveram presentes representantes das secretarias estaduais da Educação, Justiça e Direitos Humanos, Famurs e Defesa Civil/Casa Militar.

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